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Presidente da ABDA é eleito melhor dirigente de esportes aquáticos do Brasil

Presidente da ABDA é eleito melhor dirigente de esportes aquáticos do Brasil
Prêmios Data da publicação07/01/2018

Cláudio Zopone recebeu Troféu Best Swimming, do site Best Swimming, especializado na cobertura do segmento

Texto: Thiago Navarro/Jornal da Cidade

O presidente da Associação Bauruense de Desportos Aquáticos (ABDA), Cláudio Zopone, foi eleito o melhor dirigente de esportes aquáticos do País em 2017 pelo site Best Swimming, especializado na cobertura do segmento. O Troféu Best Swimming é oferecido aos melhores atletas, treinadores e dirigentes do ano, e o bauruense foi o premiado nesta última categoria.

Além do reconhecimento, a ABDA ainda pode anunciar nas próximas semanas uma novidade de peso, que seria a parceria com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para ampliar o projeto, chegando até o Rio de Janeiro – sem que nada saia de Bauru, diga-se de passagem. Zopone afirma que a parceria, em fase de análise, permitirá a criação de um novo polo de atuação em solo carioca, mantendo ainda tudo o que já é desenvolvido em Bauru.

A forma de aliar esporte, educação e cidadania é o que despertou a atenção do COB. “Nosso projeto é feito com base na educação e esporte, focando a base, o que é pouco valorizado no Brasil. Todo mundo quer ser campeão, mas poucos investem para formar esses campeões, então um trabalho como este acaba se destacando e sendo referência”, menciona Zopone, em entrevista concedida, ontem, ao JC.

“Tem que ter três mil crianças para sair dez atletas de alto rendimento. Mas o principal é a formação da cidadania, para todos”, completa.

Zopone confirma que o COB procurou a ABDA propondo uma parceria para desenvolver um modelo semelhante no Rio de Janeiro, usando o Parque Aquático Maria Lenk. “Ainda estamos em tratativas, mas seria basicamente nos moldes daqui, o COB entraria com a estrutura, e a gente com treinadores, profissionais de educação. Não existe hoje um trabalho como o que a ABDA faz em Bauru no Rio de Janeiro. Se tudo der certo, pode ser que comece em fevereiro. E claro, seguiremos nosso trabalho normalmente em Bauru, buscando consolidar cada vez mais o que fazemos na nossa cidade”, salienta.

EM BAURU

A meta para 2018 em Bauru é fortalecer o trabalho já realizado na cidade. A ABDA conta com uma moderna arena na Hípica – uma das melhores da América Latina, que também tem um segundo ponto de atuação, na antiga piscina do clube, para as categorias de base. Atualmente, são seis pontos de atuação no município, com polo aquático, natação, atletismo, e ainda orquestra e coral, atendendo a 3.300 crianças e jovens.

Os esportes aquáticos também são desenvolvidos no Bauru Tênis Clube (BTC) e na Associação Desportiva da Polícia Militar (ADPM), enquanto o atletismo é no campo do Oriente, no Jardim Petrópolis. A pista do Estádio Milagrão, também é usada. Já a parte cultural, iniciada no ano passado, fica na ADPM.

Ao longo dos últimos anos, a ABDA coleciona títulos em todos os esportes em que atua, seja nas categorias de base ou com atletas adultos. E a estrutura formada na cidade, com investimento feito pela própria entidade – que tem os irmãos Cláudio e Júnior Zopone à frente – tem dado respaldo para o trabalho dos atletas, comissão técnica e equipe de apoio. A ABDA reformou, por exemplo, todo o antigo campo do Oriente, casa do atletismo, e construiu as piscinas da moderna arena na Hípica, recebendo até seleções de outros países para treinos, nos últimos dois anos.

MODELO

Cláudio Zopone salienta que o modelo adotado em Bauru já é uma referência para o País. “Se a gente pegar de 2014 para cá, houve uma redução de 50% no número de crimes envolvendo crianças na cidade, e isso tem muito do trabalho da ABDA, que envolve a comunidade. Em

todas as nossas sedes em Bauru, trabalhamos a formação da cidadania, o vínculo com a sociedade, tanto que felizmente nunca registramos casos de depredação ou vandalismo, porque o trabalho é feito com as pessoas dos bairros. O único lugar que a gente tem que colocar vigia é na arena, por conta da profundidade da piscina, mas não pela violência. Então esse trabalho que é desenvolvido em Bauru acaba sendo exemplo para outras cidades”, afirma.

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