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Parceria entre ABDA e ADPM completa 10 anos com legado de conquistas

Parceria entre ABDA e ADPM completa 10 anos com legado de conquistas
Educação Data da publicação21/08/2025

Unidade foi ponto de partida para talentos que hoje representam o Brasil no polo aquático, brilham na natação e ingressam em instituições de música de renome

A Associação Bauruense de Desportes Aquáticos (ABDA) celebra, em setembro de 2025, uma década de parceria com a Associação Desportiva da Polícia Militar (ADPM Bauru), local onde funciona uma das unidades da entidade. Desde 2015, o espaço tem sido palco de formação esportiva e cultural para centenas de crianças e adolescentes, com histórias marcadas por conquistas dentro e fora das piscinas, com atividades de natação e polo aquático, e nos palcos, com a música.

Início de tudo - A parceria que completa 10 anos nasceu de uma iniciativa conjunta entre a Polícia Militar e a ADPM Bauru. Clodoaldo Santana, diretor-presidente da ADPM Regional Bauru, lembra que tudo começou com o apoio do então comandante Coronel Hudson (CPI-4), do tenente Bergamaschi (ADPM) e de outros contatos, que apresentaram o projeto ao fundador e mantenedor da ABDA, Cláudio Zopone. “De imediato, o Cláudio se prontificou a atender e, em pouco tempo, já estávamos ajustando a piscina para receber as primeiras turmas. A ideia sempre foi oferecer às crianças dessa região da cidade de Bauru uma oportunidade de aprender natação com disciplina e acompanhamento profissional, algo que só foi possível com a chegada da ABDA”, relata.

Santana destaca o impacto dessa parceria ao longo da última década. “Hoje, vemos jovens que começaram aqui já competindo em nível nacional e internacional, alguns integrando a seleção brasileira, outros concluindo faculdade e ajudando suas famílias. A parceria não é apenas sobre esporte: é sobre oferecer oportunidades reais de transformação. Costumo dizer que o objetivo é mudar vidas. E a ABDA, junto da ADPM, tem feito isso com excelência”, afirma Santana.

Santana (de camiseta laranja) com as crianças e os técnicos Felipe Moreira (sem camisa) e Alexandre Dezani (de branco) em foto de arquivo

Ao longo desses 10 anos, a interação entre as crianças e os integrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, na estrutura da ADPM, tem sido constante e enriquecedora. Em eventos e atividades especiais, os jovens convivem com profissionais que servem de inspiração e exemplo de disciplina, comprometimento e espírito de equipe. Os pequenos também tiveram oportunidade de visitar e conhecer o quartel da PM, a cavalaria e o canil. Esta proximidade contribui para fortalecer valores que são marcas registradas do projeto, como respeito, responsabilidade e cidadania.

Pela unidade ADPM da ABDA já passaram atletas de destaque na natação e no polo aquático, muitos deles hoje convocados para representar o Brasil em seleções nacionais. O local também foi berço, em 2017, das aulas de música da ABDA Filarmônica, que posteriormente, ao tomar maiores proporções, foram transferidas para outro local, mas seguiram transformando a vida de crianças e adolescentes que iniciaram sua trajetória musical ali. Alguns chegaram a conquistar aprovação para estudar no Conservatório de Tatuí, um dos mais respeitados do Brasil.

Atletas de polo aquático egressos da ADPM, da esq. para dir: Rafael Dantas, Fernando Raul, José Carlos, técnico Alexandre Dezani, João Vitor, Fábio, Fabrício e Victor Hugo

Polo aquático – Na modalidade polo aquático, o exemplo vem de nomes como Rafael Nunes Dantas, de 19 anos, estudante de Educação Física. Ele começou a treinar na ABDA aos 11 anos e, hoje, é tricampeão Sul-Americano, tetracampeão brasileiro e vice-campeão pan-americano. João Pedro de Barros Silva, de 21 anos, começou também aos 11, defendeu a seleção mundial sub-18 na Sérvia, e hoje, graduado em Gastronomia, trabalha na área. João Vitor de Souza Lopes, carinhosamente conhecido como João Clóvis, de 22 anos, começou um pouco mais tarde, aos 13 anos. Ele recorda, com carinho, seu início na ADPM, base para conquistas no Brasil Open e Campeonatos Brasileiros. Atualmente, o atleta cursa Psicologia.

Entre os talentos revelados na unidade da ADPM, destacam-se mais dois jovens promissores do polo aquático. Fernando Raul dos Santos Gomes, 18 anos, iniciou sua trajetória no esporte aos 8 anos e já coleciona conquistas internacionais, como a medalha de prata no Pan-Americano Sub-17 e o bronze no Torneio Internacional Europeu Sub-17. Já José Carlos Marques Fernandes, 16 anos, integra o projeto desde os 7 e acumula títulos expressivos: campeão brasileiro sub-16 e sub-18, campeão sul-americano sub-16, bronze no Torneio Internacional Europeu Sub-17, além de reconhecimentos individuais como artilheiro paulista sub-16, MVP brasileiro sub-14 e sub-16, e eleito para a seleção do Torneio Europeu Sub-17.

José Carlos Marques com uma das primeiras medalhas de festival e depois com medalhas e troféu de campeão Brasileiro

Outros jovens do polo aquático que tiveram sua formação na ADPM são: Fabrício Fernando Ferreira, de 17 anos, que começou aos 7 anos e, hoje, possui passagens pela seleção brasileira sub-17, foi campeão paulista e brasileiro; Victor Hugo dos Santos Ferreira, de 16 anos, iniciou na unidade aos 8 anos e, hoje, é campeão sul-americano sub-16 com a seleção brasileira, quatro vezes campeão brasileiro e uma vez campeão paulista.

Na equipe feminina, também há grandes destaques. Ana Júlia de Barros Silva, de 19 anos, estudante de Educação Física, começou na ADPM aos 11 anos, foi campeã sul-americana sub-18 e pan-americana sub-19, além de duas vezes campeã da Liga Nacional; Geovanna Miranda Urias, 17 anos, começou aos 10 anos na ADPM, hoje é campeã sul-americana e medalhista de bronze nos Jogos Pan-Americanos 2025.

A caçula da turma Laura dos Santos Miranda, 14 anos, começou na ADPM aos 10 e, hoje, é vice-campeã sub-18 e campeã sub-16. “Também participei da segunda fase da Liga Nacional, jogando com o time adulto e fui convocada para o treinamento da seleção sub-15 que vai disputar o Pan Americano”, conta com orgulho.

Atletas da natação egressos da ADPM: da esq. para dir.: atrás, Stefany, Marcelo, Pedro, Filipe e Ana Julia; na frente, Emanuelly, Ana Luísa, Isabelle e Lorena

Natação - A natação também conta com histórias inspiradoras como a de Roberta Bastos, 20 anos, hoje estagiária de Educação Física, auxiliando nas aulas para as crianças na própria ADPM, onde começou a nadar aos 11 anos de idade. “Entre minhas principais conquistas fui campeã paulista, medalhista brasileira, peguei Seleção Paulista, fui campeã sudeste”, relembra.

A atleta Stefany Fernanda Lisboa Alves, de 17 anos, conta que foi na ADPM onde enfrentou os primeiros desafios competitivos, até conquistar índices para Campeonatos Brasileiros. “Existem também as conquistas como pessoa que a ABDA me proporcionou, como me tornar uma pessoa melhor, mais comunicativa, aprender a lidar com problemas ou situações difíceis e, sobretudo, me ensinou a ter humildade, persistência e fé.”

Emanuelly Lorena, de 14 anos, começou aos 9 anos na ADPM e logo se destacou, ganhando suas primeiras medalhas e indo treinar na Arena ABDA. “Mas minhas principais conquistas na ADPM, foram as amizades, aprendizados e as primeiras técnicas que me ensinaram a ter total dedicação pelo esporte”, pontua.

Isabelle Margarido Souza, de 16 anos, iniciou aos 7 anos na ADPM apenas para aprender a nadar. Acabou construindo uma carreira sólida com medalhas em Regionais, Paulistas, Sudeste, Kim Mollo, e participações em Campeonatos Brasileiros, além de ser hoje bolsista integral da ABDA.

Já Lorena Diane de Souza, de 15 anos, que começou na ADPM aos 8 anos, acumula conquistas em Paulistas e experiência em grandes competições, mantendo vivo o desejo de seguir no esporte, seja como atleta ou futura profissional da área.

Crianças da ABDA-ADPM, durante visita à cavalaria no Quartel da PM, em foto de arquivo

Outros casos, como o de Filipe Gabriel Carvalho Borges, 16 anos, campeão brasileiro ainda na categoria Infantil 1 e recordista em algumas provas; e de Ana Luísa Rosa da Silva, 16 anos, finalista de Brasileiro e medalhista Paulista, mostram como a ADPM foi ponto de partida para carreiras promissoras.

Para muitos atletas, como Pedro Medeiros Pagliaci, de 16 anos, o esporte trouxe não apenas títulos, mas também saúde e oportunidades educacionais. “Comecei na ADPM aos 11 anos. Graças a essa oportunidade na natação, consegui desconto na escola, participei de Campeonatos Paulistas e consegui sair da obesidade”, relembra.

Ana Julia Aparecida Mergi, de 19 anos, começou na ADPM aos 9 anos, também em busca de saúde. “Comecei a nadar por conta do colesterol alto, só gostava de treinar e odiava competir, chorava em todas as competições para não nadar. Fiquei 3 meses mais ou menos treinando na ADPM e já fui passada para treinar na unidade do BTC. No petiz, comecei a aceitar competir e gostar um pouco mais. Hoje, não consigo me ver sem a natação e sem as competições”, conta a atleta que está cursando faculdade de Educação Física.

Atletas da paranatação Aldrey Mykaella e Marcelo Coelho com o técnico Cadu Lanças

Paranatação – Os atletas Marcelo Coelho da Rocha Filho, 17 anos, e Aldrey Mykaella Lemes de Oliveira 15 anos, começaram a nadar na ADPM, nas aulas de natação convencional. Marcelo iniciou aos 9 anos e Aldrey aos 8 anos. Ao longo do tempo, foram direcionados para a equipe de paranatação da ABDA, onde são destaques, competindo na classe S14 (intelectual).

Marcelo pontua como suas maiores conquistas ter competido na 1ª Fase Nacional pela primeira vez e as amizades que fez ao longo dos anos. Aldrey coleciona medalhas e recordes estaduais, medalhas nacionais e convocações para seleções brasileiras de jovens, além da conquista de medalhas em torneios internacionais.

Música - A unidade da ADPM também foi berço da ABDA Filarmônica, iniciada em 2017, oferecendo aulas de musicalização que impactaram profundamente jovens músicos. Embora as aulas tenham sido transferidas em 2018, o legado permanece.

Alanis Fernandes Geraldo, de 14 anos, por exemplo, começou aos 5 anos na ADPM e, hoje, estuda no Conservatório de Tatuí, tocando clarinete. Rebeca Tomaz dos Santos Moreira, 16 anos, iniciou aos 8 anos, descobriu o amor pela música e aprendeu trompete, ampliando seu repertório musical.

Irmãos como Ana Rosa, de 15 anos, e Vitor Pirola Bezerra, de 17, exploraram diferentes instrumentos. Ana Rosa, começou aos 7 anos e toca sax alto. Vitor iniciou aos 9 anos e toca saxofone barítono. “Entre minhas principais conquistas até aqui eu destaco fazer parte do Grupo Avançado de Xilofone, conhecer um estúdio de gravação, através da Orquestra de Xilofones, assistir a um concerto na Sala São Paulo e evoluir para a Banda”, enumera Ana Rosa. “Vejo como conquista, o fato de poder levar a música como profissão, caso eu queira. Já fui para a Sala São Paulo e fiz 6 meses do Conservatório de Tatuí”, resume Vitor.

Da esq. para a dir: alunas, Micaela, Cristal, Alanis, Rebeca, Sara, professor Tiago Barretta, alunos Tiago, Miguel e Vitor

Outros talentos, como Sara Turibio de Brito, de 14 anos, e Miguel Turibio de Brito, de 18 anos, também avançaram, consolidando um caminho de evolução artística iniciado na ADPM. Sara, que toca clarinete, começou na música aos 6 anos e foi aprovada no Conservatório de Tatuí. “Minhas principais conquistas até aqui são ter aprendido muito sobre música e passado em Tatuí”, afirma. Miguel, que toca flauta piccolo, iniciou aos 8 anos. “Por meio da música, conquistei bolsa de estudos, aprendizado musical, evolução e crescimento pessoal”, comemora.

A trajetória ainda inclui jovens como Micaella Gama dos Santos e Cristal Cheng, ambas de 14 anos que começaram na ADPM aos 6. Micaella encontrou na flauta transversal a oportunidade de focar no que ama e Cristal hoje lê partituras, toca músicas conhecidas e integra a banda da ABDA.

Parceria que transforma - Para a diretoria da ABDA, esses resultados refletem o papel transformador da parceria com a ADPM. “A unidade foi e continua sendo uma porta de entrada para jovens que, com oportunidade e estrutura, alcançam não só alto rendimento, mas também desenvolvimento pessoal. São histórias que mostram o valor social e humano do projeto”, destaca a direção da ABDA.

Ao completar uma década, a parceria entre ABDA e ADPM Bauru reafirma seu papel como um projeto social de impacto, que vai além da formação esportiva e cultural, da inclusão social e descoberta de talentos. A iniciativa contribui para o bom desenvolvimento das crianças e adolescentes, oferecendo oportunidades que os afastam da criminalidade, fortalecem valores de cidadania e disciplina, além de auxiliar no trabalho da Polícia Militar e refletir diretamente na melhoria da segurança da cidade.

Crianças da ADPM com os técnicos da ABDA, durante visita ao Quartel da Polícia Militar, em foto de arquivo

A ABDA é um projeto sem fins lucrativos mantido pela Zopone Engenharia e Comércio LTDA e apoiado pela Z-Incorporações. A ABDA está certificada junto ao Ministério do Esporte para captação de recursos via Lei de Incentivo ao Esporte e conta com o auxílio dos parceiros Confiança Supermercados, Cart, Unimed Bauru, Semel e Comitê Brasileiro de Clubes (CBC).

Foto principal: Festival Interno ABDA-ADPM em 2017

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